Saturday, June 27, 2009

ASFALTO BRASIL

Venda de asfalto no Brasil surpreende e caminha para recorde em 2009
23-06-2009
Ao contrário do que costuma ocorrer, a comercialização de asfalto se mantém em alta mesmo este não sendo um ano eleitoral. Em projeção apresentada na segunda-feira (22) na Fiesp, foi dito que a demanda por asfalto no Brasil está atingindo cerca de 2,2 milhões de toneladas; volume superior ao consumo recorde do ano passado, que foi de 2,17 milhões de toneladas.
A constatação consta do estudo Cadeia Produtiva do Asfalto: diagnóstico de problemas e proposições de aprimoramento da cadeia produtiva do asfalto. "O momento é crucial. A demanda se mostra em expansão, mas faltam investimentos na área. Precisamos urgentemente de uma coordenação adequada do setor", disse o diretor do Departamento da Indústria da Construção (Deconcic) da Fiesp, Manoel Rossito.
Devido à expansão da demanda promovida por novos empreendimentos em aeroportos, portos, e em especial, rodovias, a demanda por asfalto vem crescendo de maneira expressiva no Brasil e exigindo a coordenação em vários aspectos do material asfáltico.
"Nessa análise, o estudo diagnosticou três principais gargalos que impedem seu desenvolvimento, como problemas na qualidade, fornecimento e preço", explicou Rossito.
Segundo o estudo, no fator preço, a baixa previsibilidade eleva os riscos e eventuais desequilíbrios econômico/financeiros de contratos. Além disso, a cobrança do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) ao longo da cadeia e a incidência de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sempre que o asfalto é deslocado (dentro ou fora de um estado) implicam no preço elevado para o consumidor final.
Em relação à qualidade, o estudo aponta a necessidade de maior fiscalização do asfalto ao longo da cadeia produtiva, e, quanto ao fornecimento, o trabalho demonstra que é necessária a harmonização de especificações entre os países da América Latina. O estudo também sugere maior equilíbrio das especificações do cimento asfáltico de petróleo (CAP) que possibilite o comércio internacional desses produtos.
A falta de parques de estocagem nas distribuidoras também representa um problema em tempos de pico da demanda, porque coloca em risco a competitividade do produto elevando seu preço e, em determinados momentos, promove sua escassez.
Segundo Rossito, a demanda por asfalto no Brasil é influenciada pelo período de chuvas e pelo calendário eleitoral. "O Brasil demorou dez anos para atingir o consumo de asfalto registrado em 1998 (1,97 milhões de toneladas)", comentou.
Entretanto, o estudo mostra que mesmo com o crescimento da demanda, o setor encontra-se estagnado. Entre 2003 e 2007 trechos de rodovias em estado bom/ótimo caíram, enquanto as em estado deficiente e péssimo aumentaram.
Atualmente no Brasil, a Petrobrás é a única fornecedora de asfalto. Por conta disso, a coerência no estabelecimento do preço é bastante discutida. "Somente a concorrência regula o preço do produto, e nesse caso precisaríamos instigar isso", expicou.
O Sudeste é o maior produtor e maior consumidor de asfalto. Aproximadamente 61% do total de asfalto no Brasil são produzidos na região.

Saturday, March 7, 2009

TECNOLOGIAS LIMPIAS

Primera Feria Internacional de Tecnologías Limpias
La Producción Limpia puede ser aplicada a diversos sectores productivos como la extracción de materias primas, la industria manufacturera, la agricultura y el sector energía, entre otros.
Como iniciativa fundamental para impulsar el desarrollo de un nuevo modelo productivo que reduzca los impactos ambientales y haga un uso eficiente de la energía y los recursos naturales, el Fondo de Reconversión Industrial (FONDOIN), órgano adscrito al Ministerio del Poder Popular para las Industrias Ligeras y Comercio (MPPILCO), organizo la primera edición de la Feria Internacional de Tecnologías Limpias (FITEL 2007), en Caracas del 30 de Octubre al 1 de Noviembre de 2007, en el Hotel Alba Caracas –.Según el presidente de FONDOIN, Osmer Castillo, el objetivo del evento es articular un esfuerzo nacional de promoción e implementación de métodos de producción más limpia facilitando el encuentro y la voluntad mancomunada de diversos sectores, respondiendo a la estrategia de desarrollo de un nuevo modelo productivo.La Producción Limpia puede ser aplicada a diversos sectores productivos como por ejemplo: la extracción de materias primas, la industria manufacturera, la actividad pesquera, la agricultura, el turismo, los hospitales, el sector energía, los sistemas de información, oficinas, entre otros.El FITEL 2007 es un espacio abierto a los diferentes actores nacionales e internacionales, relacionados con la Producción Limpia y la Eco-eficiencia: representantes de instituciones y de organismos gubernamentales, industriales, consultores, empresarios, investigadores, profesores, estudiantes, ONGs y ciudadanos en general. FITEL 2007 dicto una serie de Conferencias donde participaron destacados representantes y expertos nacionales e internacionales de las áreas empresarial, académica e institucional, que intercambiaran opiniones sobre tópicos, iniciativas y experiencias relacionadas con la temática del evento. En paralelo se realizo una Exposición, donde diferentes empresas, instituciones y emprendedores, exhibirieron proyectos, tecnologías y casos de éxito sobre Producción Limpia y Eco-eficiencia. Adicionalmente se contará con lugares de reunión para los contactos profesionales y los encuentros entre oferentes y demandantes.La primera Feria Internacional de Tecnologías Limpias se dirige fundamentalmente a los siguientes públicos: Sector productivo: responsables a diferentes niveles de consorcios y empresas públicas y privadas de diferentes sectores e industrias; incluyendo la Pequeña y Mediana Industria y las Cámaras Industriales. Sector oficial: responsables de organismos de las administraciones pública central e institutos especializados, así como de las administraciones regionales y alcaldías. Sector académico: Profesores universitarios o expertos del sistema venezolano de ciencia y tecnología, estudiantes y unidades de investigación y desarrollo. Representantes de fundaciones y asociaciones ciudadanas.De igual forma, se dirige a representantes de entidades diversas que colaboran en la gestión ambiental o intervienen en los procesos de opinión y participación ciudadana; Cámaras Binacionales; Banca Pública y Privada; Organismos Multilaterales. Así como a todos aquellos interesados en ampliar sus conocimientos y aprovechar nuevas oportunidades en una materia de interés vital.FONDOIN promociona el desarrollo ecoeficiente de la Pymi nacionalEl Fondo de Reconversión Industrial (FONDOIN), es una fundación tutelada por el Ministerio del Poder Popular para las Industrias Ligeras y Comercio (MPPILCO) encargada de implementar los programas acordados por el Estado venezolano en el marco del Protocolo de Montreal, relativos a la preservación de la Capa de Ozono.Adicionalmente, FONDOIN promociona el desarrollo ecoeficiente de la Pymi nacional, a partir de Programas de Asistencia Técnica Integral, mediante la Oficina de Articulación Productiva, la cual está encargada de promover e implantar programas de Asistencia Técnica en Gestión Productiva, Producción Limpia (ECOPyMI) y Gestión Tecnológica (TECPyMI) para las Pequeñas y Mediana Industrias a fin de incrementar las capacidades productivas en los mercados actuales y potenciales.

Sunday, February 15, 2009

PERSPECTIVAS DE INVESTIMENTOS BRASIL 2009-2012

Perspectivas de investimentos 2009/12 em um contexto de crise
Por Ernani Teixeira Filho,
Entre o início de 2006 e o 3º trimestre de 2008, a economia brasileira apresentou elevadas taxas de rescimento, associadas a um processo contínuo de expansão do investimento. Ao longo desse período, a formação bruta de capital fixo (FBKF) cresceu, sistematicamente, acima do PIB, configurando maior ciclo de investimentos no país dos últimos trinta anos.
A ampliação dos investimentos deu-se em duas ondas
. A primeira teve início nas indústrias extrativas e produtoras de insumos básicos,estimulada pela combinação de forte incremento da demanda mundial por commodities e das vantagens competitivas brasileiras nesses setores.
Em contraste com outros momentos do passado recente, nos quais as inversões se concentravam na modernização das fábricas existentes (brownfield), os projetos atuais direcionaram-se, em maior proporção, à implantação de novas plantas industriais (greenfield). Nos setores de siderurgia e papel e 1 Trabalho realizado a partir de mapeamento do investimento e análises setoriais realizados conjuntamente pela Área de Pesquisa Econômica (APE) e pelos departamentos operacionais do BNDES. 2 celulose, houve, adicionalmente, um deslocamento de bases produtivas de países desenvolvidos para o Brasil.
A segunda onda foi constituída pelos investimentos na infraestrutura, na construção residencial e na indústria de bens de consumo duráveis. Nesses casos, os dois principais fatores determinantes foram: i) políticas públicas - Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), mudanças no marco regulatório do setor elétrico e melhoria do ambiente institucional no segmento de construção residencial (patrimônio de afetação e alienação fiduciária); e ii) crescimento consumidor doméstico expansao massa salarial e do crédito.
A generalização do ciclo de investimento deu maior solidez ao processo
.
As inversões em infraestrutura, além de aumentarem a competitividade sistêmica da economia, tiveram a capacidade de alavancar investimentos do setor privado em outros segmentos – efeito arraste. A expansão dos setores de bens de consumo durável e de construção residencial, por sua vez, gerou efeitos multiplicadores na economia ao elevar o nível de renda e o volume de emprego. Como resultado, o investimento da economia deixou de ser motivado pelo cenário internacional favorável. O dinamismo do mercado interno também se tornou relevante. Os efeitos têm sido significativos.De fato, boa parte do crescimento do PIB em 2008 é explicada pelo desempenho do investimento. Entretanto, a atual crise financeira internacional, iniciada em agosto de 2007 e agravada incisivamente após setembro de 2008, pode, por sua intensidade, comprometer a continuidade do ciclo de investimentos em curso. A queda nos preços das commodities impactou setores que vinham liderando o crescimento dos investimentos na indústriaextração de petróleo e minério de ferro, siderurgia e papel e celulose.
A restrição ao crédito, por outro lado, teve efeito significativo sobre o setor de veículos automotores e, em menor escala, sobre a construção residencial.
Nesse cenário, este número do Visão do Desenvolvimento tem um duplo objetivo. O primeiro é dar seqüência aos levantamentos anuais realizados pelo BNDES, desde 2006, sobre as perspectivas de investimento para a economia brasileira, agora para o período 2009/ 2012. As pesquisas realizadas em 2006 e 2007 indicavam uma mudança no patamar e na composinal 1 Ver Borça Jr. (2008) – “Agravamento da Crise leva economia mundial à recessão” BNDES, Visão do Desenvolvimento nº 59. 2 Trabalho realizado a partir de mapeamento do investimento e análises setoriais realizados conjuntamente pela Área de Pesquisa Econômica (APE) e pelos departamentos operacionais do BNDES. Boa parte do crescimento em 2008 é explicada pela expansão da formação bruta de capital 3 ação das inversões na indústria, infraestrutura e construção residencial. Dados posteriores do IBGE vieram a confirmar esse cenário.
O segundo é identificar os impactos iniciais da crise sobre o horizonte de investimentos brasileiros para o período 2009/2012. O levantamento dos dados foi, a exemplo dos nos anteriores, concluído em agosto último, poucas semanas antes da
violenta deterioração do cenário internacional em setembro do mesmo ano. Essa mudança no cenário econômico, ademais de retardar a publicação dos dados, levou a realização de novo levantamento – concluído no mês de dezembro.
Composição dos investimentos mapeados. O mapeamento dos investimentos englobou 16 setores, sendo nove da indústria e seis da infraestrutura, além do setor de construção residencial. A escolha dos setores deveu-se não somente à sua relevância para a formação da taxa de investimento da economia, mas também à existência de um conhecimento
atualizado no Banco sobre os mesmos.
Na indústria, foram considerados os setores: i) petróleo & gás e extrativa mineral - intensivos em recursos naturais; ii) siderurgia; papel e celulose; química/ petroquímica - área de insumos básicos e iii) automotivo; eletroeletrônico (incluindo software); e complexo industrial da saúde (incluindo fármacos, equipamentos médico-hospitalares,hemoderivados e vacinas e reagentes para diagnósticos) - ligados a evolução do mercado doméstico; e, por fim, o setor sucroalcoleiro.
Na área de infraestrutura, foram analisados os investimentos em: i) energia elétrica; ii) telecomunicações; iii) transportes rodoviário, ferroviários e portos - ligados à área de logística; e iv) saneamento. A construção residencial completa o levantamento realizado. Os investimentos neste setor, diferentemente dos demais, foram obtidos através de estimação econométrica.
Tabela 1: Taxa de Crescimento dos Investimentos (% a.a.) em ago/08 Investimentos (R$ ilhões) 4 2007, por 54% do total da formação bruta de capital fixo (FBKF). O mapeamento abrange dois terços (66%) dos investimentos na indústria.
Por conta de dificuldades de obtenção de informações, o levantamento não cobre setores industriais com grande número de micro e pequenas empresas, particularmente aqueles intensivos em trabalho. Ademais, abarca a quase a totalidade dos projetos na infraestrutura – cerca de 95%. Ficaram de fora as inversões em transporte coletivo urbano e aeroportos.
Cenário anterior a setembro de 2008 . Em agosto de 2008, as perspectivas eram de que os setores mapeados investissem aproximadamente R$ 1,5 trilhão, entre 2009 e 2012. Esse valor, conforme mostra a Tabela 1, representava um crescimento médio de 12,1% a.a.frente ao período 2004/2007. Na comparação com as pesquisas realizadas pelo BNDES em anos anteriores, verificava-se um quadro de ligeira aceleração dos investimentos da economia. A pesquisa de 2006 apontava para uma expansão de 10,1% a.a. no período 2007/ 10 frente à 2002/053. Enquanto no mapeamento de 2007, o percentual aumentou para 11,8% no período 2008/11 frente à 2003/064. A indústria chamava atenção, com perspectiva de expansão de 14,4% a.a. nos investimentos. Na pesquisa de 2006, a taxa tinha sido de 12,9% a.a.5, enquanto na de
2007 foi de 12,4% a.a6. Essa aceleração indicava uma terceira onda de investimentos, aracterizada por um volume ainda maior de projetos em petróleo & gás, na siderurgia
e no setor automotivo. Na siderurgia, a expectativa era de que a produção de aço fosse dobrar entre 2008 e 2014. No segmento automotivo, o forte aumento na demanda de automóveis e na utilização da capacidade instalada estimulava um cenário de implantação de novas fábricas.
Cenário posterior a setembro de 2008 O impacto da crise financeira internacional
magnificou as incertezas quanto ao futuro da economia mundial, o que tenderia a acarretar um adiamento de projetos e provocar revisão dos planos de investimento das empresas. Para obter uma aproximação da magnitude desse efeito, o novo levantamento,
realizado em dezembro de 2008, 5tratou de separar, dentre as inversões mapeadas, os projetos considerados firmes daqueles afetados negativamente pelas incertezas. A Tabela 2 compara os mapeamentos realizados antes do agravamento da crise financeira (agosto/2008) e depois (dezembro/ 2008). Os resultados mostram uma diferença pouco significativa entre a posição de agosto e a de dezembro de 2008, evidenciando, até então, o baixo montante de investimentos efetivamente cancelados por conta da crise. Observa-se também, no cenário de dezembro – o qual compreende somente os projetos considerados firmes -, que as perspectivas de inve s t i m e n t o caem para R$ 1,3 trilhão, entre 2009 e 2012. Trata-se, portanto, de uma redução moderada de 11% em relação ao valor anterior de R$ 1,5 trilhão. Esta constatação pode parecer surpreendente ante a gravidade da crise mundial e requer explicações mais detalhadas. Em termos setoriais, percebe-se a existência de três grupos distintos de reação à crise. O primeiro é formado pelos setores cujos nvestimentos tendem a continuar firmes, apesar do agravamento da crise internacional. Neste caso, destacam- se: petróleo & gás, eletroeletrônica, indústria da saúde, energia elétrica, telecomunicações, saneamento e rodovias.7 Esse grupo representa 43% do mapeamento de agosto de 2008 e foi responsável por 23% da formação bruta de capital fixo em 2007. Especificamente no que tange à cadeia de petróleo & gás, o plano estratégico da Petrobras, recentemente divulgado, foi revisto para cima, posto que os valores de agostode 2008 não consideravam os investimentos na camada pré-sal. Em geração de energia elétrica, os programas de investimento das empresas possuem elevada estabilidade, visto que estão atrelados a contratos celebrados de fornecimento de energia realizados pelo Governo. O cumprimento dos compromissos de oferta de energia contratada e o custo de obtenção de licenças – de instalação, de operação e ambiental – geram um custo significativo para a interrupção de investimentos já iniciados.
Em telecomunicações, os investimentos também são muito firmes, tanto por conta da forte concorrência das empresas pela introdução de novos produtos/serviços, como pela necessidade
de atualização tecnológica – o que demandará inversões significativas na 3ª geração (3G) da telefonia móvel, em TV digital e na utilização do Wimax (sistema sem fio que oferece banda larga à distância). Finalmente, o compromisso do Governo com o PAC - Programa de Aceleração do Crescimento – deverá manter elevados os investimentos em saneamento e em rodovias.
Mapeamento mostra que poucos investimentos foram cancelados por conta da crise6 O elevado peso desses setores no conjunto da formação bruta de capital fixo contribui de modo importante para explicar a relativa robustez dos investimentos mapeados.
O segundo grupo é constituído tanto pelos setores da indústria e da infraestrutura cujos investimentos tendem a ser mais afetados pela crise - extrativa mineral, siderurgia, papel e celulose, automotivo – quanto pela construção residencial. Esse grupo representa 52% do
mapeamento de agosto de 2008 e foi responsável por 28% da formação bruta de capital fixo em 2007. No que toca à indústria extrativa mineral, a queda na construção civil da China, nos meses seguintes ao agravamento da crise internacional, aponta para um cenário de menores preços e demanda por minerais metálicos. Observa-se, no 7 A revisão para baixo de 10% nos investimentos em eletroeletrônica foi considerada pequena frente à gravidade da crise nternacional. Posição em Ago/08 Firmes
1- Indústria e Infraestrutura 890,2 769,3 ; Investimentos Mantidos 624,5 620,4 Petróleo e Gás 269,7 - 269,7 ; Energia Elétrica 141,1 -141,1 ; Telecomunicações 77,8 -77,8 ; Saneamento 49,4 - 49,4; Rodovias 27,8 -26,7 ; Eletroeletrônica ** 27,0 - 24,0 ; Petroquímica 23,7 - 23,7 ; Indústria da Saúde *** 8,0 - 8,0 .
Investimentos Reduzidos pela Crise Internacional 194,7 -104,9
Extrativa Mineral 72,3- 48,0; Siderurgia 60,5 - 24,5; Automotivo 35,3 - 23,5; Papel e Celulose 26,7 - 9,0 71,0 43,9 ; Sucroalcooleiro 28,5 - 19,7; Ferrovias 28,9 17,0; Portos 13,6 - 7,2 ; 2- Construção 570,4 - 535,7 ; Construção Residencial 570,4 - 535,7 ; TOTAL 1.460,6 - 1.305,0 ** Inclui software *** Inclui fármacos, equip. médico-hospitalares, hemoderivados e vacinas, e reagente para diagnósticos
Tabela 2: Investimentos Mapeados no Brasil (2009/2012)
Setores Investimentos Reduzidos pela Crise Internacional Fonte: BNDES
Investimentos 2009-12 (R$ Bilhões)
Posição em Dez/08 Investimentos Reduzidos por Outros Fatores 7 entanto, que vários projetos estão associados à concessão pública. Nesses casos, a obtenção de licenças representa um elevado custo afundado (sunk cost), estimulando a não paralisação dos investimentos.
Em que pese a reavaliação, o montante de R$ 48 bilhões de investimentos previstos para 2009/2012 na extrativa mineral é semelhante aos R$ 47 bilhões investidos pelo setor entre 2004 e 2007. Algumas empresas necessitam realizar investimentos por conta de esgotamento
de minas. No caso da Vale, por exemplo, a estimativa de investimentos é compatível com seu plano de crescimento orgânico, anunciado pela empresa em seu orçamento de investimentos
para 2009. Os setores de siderurgia e papel e celulose, que vinham apresentando crescimento de investimentos bem acima da média da indústria, estão tendo que reavaliar seus projetos por conta da forte reversão na trajetória dos preços de aço e de celulose no mercado internacional.
Em papel e celulose, apenas um terço (33%) dos investimentos mapeados em agosto de 2008 podem ser considerado como firmes. Essa reavaliação, no entanto, devese mais à não onfirmação e a adiamentos de projetos, do que propriamente aos cancelamentos. A revisão nos nvestimentos também foi significativa em veículos automotores. No entanto, o cenário mais pessimista sobre as perspectivas de investimento para 2009/2012, de R$ 23,5 bilhões, ainda é bem superior aos R$ 15 bilhões investidos pelo setor entre 2004 e 2007. De fato, nos nove primeiros meses de 2008, o setor estava operando acima de seus níveis normais de utilização da capacidade
instalada, com até três turnos de trabalho durante 7 dias por semana. Por este motivo, as empresas estavam pensando em ampliar significativamente seus investimentos.
Em setembro de 2008, esse ciclo de inversões estava em curso. Entretanto, a perspectiva de construção de novas fábricas deixou de existir no médio prazo.
No que tange à construção r e s i d e n c i a l , embora exista um montante significativo
de projetos já contratados e em fase inicial de obras, minimizando, em parte, os impactos
da crise, a estimativa é de que haja uma desaceleração dos investimentos no setor, a ser mais sentida no 2º semestre de 2009. A forte retração das vendas de aços laminados ao longo do último trimestre de 2008 sinaliza um panorama menos favorável para o ano de 2009.
Finalmente, o terceiro grupo é composto pelos setores com elevados volumes de investimentos considerados não firmes, motivados por outros

A COBICA DA AMAZONIA PELOS GRANDES

Amazônia a soberania está em xequeAvançam na comunidade mundial as propostas para a internacionalização do maior tesouro verde do Brasil. Uma resposta urgente se faz necessária!Por OCTÁVIO COSTA Colaboraram: Cláudio Camargo, Luciana Sgarbi e Luís Pellegrini
CONTROLE Exército e Ibama agem contra desmatamento ilegal feito pelas madeireiras
À primeira vista pode parecer fruto da imaginação de um jornalista estrangeiro, sem maiores compromissos, que acaba de desembarcar no Brasil. Mas seria muita ingenuidade acreditar que o conceituado jornal americano The New York Times abrisse espaço para seu correspondente baseado no Rio de Janeiro, sem que tivesse um objetivo editorial de maior alcance. Sob o título “De quem é a Amazônia, afinal?”, o texto assinado por Alexei Barrionuevo na edição do domingo 18 veio engrossar o coro internacional que tem questionado a soberania do Brasil sobre a Amazônia. Barrionuevo dá seu recado logo no início, quando cita um comentário do então senador americano Al Gore em 1989 (depois ele foi vice do presidente Bill Clinton em duas gestões): “Ao contrário do que pensam os brasileiros, a Amazônia não é propriedade deles, pertence a todos nós.” Três dias antes de o The New York Times publicar seu artigo, o jornal inglês The Independent, noticiando o pedido de demissão da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, foi quem deu plantão sobre a Amazônia. E sem o menor pudor: “Uma coisa está clara. Essa parte do Brasil (a Amazônia) é muito importante para ser deixada com os brasileiros.” O que fica claro, diante das notícias de Nova York e Londres, é que a Amazônia corre grave ameaça. A ofensiva dos dois jornais não é gratuita e já passou a hora de o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tomar uma decisão forte, que ecoe para todo o mundo, de forma inquestionável, a certeza de que a Amazônia é nossa.
A cobiça de potências estrangeiras não é surpresa e tudo começa pela extensão territorial. A Amazônia Legal se estende por nove Estados e ocupa 61% do território brasileiro – sua área equivale à metade do continente europeu e nela cabem 12 países, incluindo Alemanha e França. Ela seria, assim, o sexto maior país do mundo, com uma população de 20 milhões de pessoas. A região faz fronteira de 11 mil quilômetros com Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela. O rio Amazonas é o soberano da Terra em volume de água e possui um quinto da água doce do planeta. Segundo avaliações da ONU, o século 21 será marcado por graves conflitos entre as nações, com origem numa única causa: a escassez de água potável. É isso que torna a Amazônia ainda mais estratégica, pois em seus rios estão 21% da água doce vital ao homem. Em seu livro A guerra do amanhã, o assessor para assuntos estratégicos da ONU, Pascal Boniface, previu, entre os cenários de guerras desse século provocadas pelo aquecimento global, a provável invasão da região amazônica por uma coligação internacional. A ação contra a soberania brasileira se justificaria porque “salvar a Amazônia é o mesmo que salvar a Humanidade”. O francês Pascal Lamy, ex-comissário de Comércio da União Européia, é da mesma opinião: “As florestas tropicais como um todo devem ser submetidas à gestão coletiva, ou seja, à gestão da comunidade internacional.”
Como ressalta o The Independent, a Amazônia é uma poderosa reserva de recursos naturais. O diário espanhol El País também destaca que “o mundo tem os olhos postos nas riquezas da floresta”. É por isso que a soberania brasileira é questionada. O novo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, prefere não levar a sério o The New York Times e desqualifica a idéia de internacionalizar a região: “Quem faz uma proposta dessas deveria passar por uma requalificação psicológica, tal o disparate que contém. Os donos da Amazônia somos nós.” Por mais que o ministro tente reduzir a importância das ameaças, o fato, no entanto, é que os estrangeiros se sentem donos da região há muitos anos. Em 1862, logo após a vitória da União na Guerra Civil americana, o presidente Abraham Lincoln sugeriu a representantes dos negros libertados a criação de um Estado Livre na Amazônia. Dom Pedro II não foi consultado, mas o Brasil foi salvo pelos dirigentes negros que deram uma resposta boa e seca a Lincoln: “Não aceitamos a proposta porque este país também é nosso.” Ainda no Segundo Reinado, o comandante Matthew Maury, chefe do Observatório Naval de Washington, defendeu a livre navegação internacional pelo rio Amazonas. Cem anos depois, o urbanista e futurista americano Herman Kahn teve a idéia de inundar a região num sistema de grandes lagos, com as dimensões do Estado de São Paulo, para permitir a navegação até as minas da Bolívia, do Peru e da Venezuela, fornecedoras de matéria-prima para as indústrias metalúrgicas dos EUA. Em troca o Brasil receberia uma hidrelétrica gigantesca.

A TRILOGIA DOS DOS COMENTARIOS

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